sábado, 28 de janeiro de 2012



O sol se põe novamente os corvos ainda saboreiam minha carne fria e fétida meu olhar inocente carrega solidão e tristeza minha alma condenada leva consigo a dor e crueldade de uma legião de demônios Caminhando sobre meu próprio cadáver, meu espírito possesso inicia a profecia É no calar da noite que manifestam criaturas funestas e mórbidas, a morte nao ameniza a dor de uma alma suícida; diante de minha sepultura, durmo, Meus olhos finalmente foram fechados nao existem sonhos a se realizarem e sim pesadelos a serem presenciados
A solidão bateu em minha porta. Consigo trouxe o vento frio de sua longa jornada. Minha alma foi domada, congelada. Até hoje sinto-me sufocado, perdido. Meus sonhos foram todos destruídos... As alegrias retidas e apagadas; Como todo o ânimo que me restava. Talvez eu seja um desiludido amaldiçoado... Sem fantasias...só e abandonado... Meu lânguido amor era o que me sobrava. Mas era o ódio que me consumia; Que governava minh'alma vazia! A tempestade caía lá fora. E aqui dentro, minhas lágrimas me afogavam. Me asfixiam... Levando à morte meu sombrio coração! Meu rosto inchado de mágoas diante do espelho. Meus pulsos recém cortado, e o sangue vermelho; Escorrendo como água...doce, tenro, saboroso veneno. Ato de libertação! Sozinho estou e sozinho permaneço; Sem ninguém para acalentar meu corpo; Nem ninguém para segurar minhas gélidas mãos. Sim, tudo isso não passa de um real pesadelo... Sou só mais um...jogado... Caído de joelhos... Invisível como sempre... No meio da multidão!!!

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